BLOG DO PROFESSOR MARCOS FARIA

Seja muito bem vindo ao Blog do Professor Marcos Faria, o objetivo deste Blog, é informar as principais notícias e acontecimentos na minha pequena cidade São João do Oriente, e demais informações sobre o Estado de Minas Gerais, Brasil, América do Sul e Mundial.
Seja bem vindo!
Divulgue para todos os seus contatos!
Forte abraço!
PROFESSOR MARCOS FARIA DE ALMEIDA.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

O TERRORISMO DE HOJE É PIOR QUE O DO PASSADO?


Terrorismo parece que na história da humanidade, nós estamos tendo o privilégio, ou o desprazer de usarmos esta palavra diariamente, este assunto sempre vem à tona quando assistimos a um filme, a um jornal, a um tele jornal, etc.
Os terroristas de hoje são mais perigosos que os de ontem, penso que não, penso que valores morais e espirituais e que não são mais os mesmos nestes grupos, o valor humano esta em baixa, o valor família também, o conceito sociedade e discriminatório em quaisquer partes do planeta, e as religiões cada vez mais estão usando o extremismo como meio de domínio de massa.
E ainda temos a capacidade de fixarmos em nosso consciente as informações negativas com muita intensidade, e desta forma não fixamos em nosso consciente as informações positivas. Por exemplo, quando falamos em 11/09/2011 (onze de setembro) todos lembramo-nos de terrorismo, mas porque uma data como 09/11/1989 (nove de novembro) a queda do Muro de Berlim não nos vem à mente, não nos vem à lembrança, ou seja, o simples ato de inverter o 11/09 para 09/11 e passamos de uma tragédia para uma vitória, mas parece que o negativo prevalece.
Como combater o terrorismo? Como enfrenta-lo? Uma coisa é certa, não se combate terrorismo com terrorismo, portanto o desafio nos esta proposto, e agora o que faze? Iniciarmos uma nova guerra? Uma guerra santa ocidentalizada? Uma receita mágica como a democracia, a qual até hoje não resolveu os nossos problemas? Vamos parar, pensar e agir, vamos lá!

PREFEITO DE SÃO PAULO É CONTRA O DIA DO ORGULHO HETEROSSEXUAL.


O Prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, se posicionou contra o projeto de lei 294/2005 que cria o Dia do Orgulho Heterossexual na Cidade de São Paulo, que teria como dia comemorativo o terceiro domingo do mês de dezembro de cada ano, mas o prefeito Kassab vetou este projeto de lei, com a seguinte argumentação, que o mesmo seria discriminativo.
Mas vamos pensar um pouco, estamos debaixo de uma constituição que se reza na mesma que não existe classe superior e nem inferior em solo brasileiro, desta forma eu pergunto: Porque alguns grupos podem ter o direito de manifestar a sua existência, anseios e vontades e outro não pode? Será porque isto ocorre? Isto é correto? Quem esta com a razão?
Desta forma concluo que a decisão do prefeito Kassab em vetar este projeto de lei que cria o dia do orgulho heterossexual, e ao mesmo tempo o mesmo se posiciona a favor do dia do orgulho gay e de demais manifestações, penso que o fator discriminador total é do prefeito Kassab, e não do projeto de lei do dia do orgulho heterossexual.

A PIZZA PREFERIDA DA MAIOR PARTE DOS DEPUTADOS FEDERAIS " VOTAÇÃO SECRETA".


A Deputada Federal Jaqueline Roriz foi absolvida do processo de cassação, pela votação secreta da Câmara dos Deputados Federais, era necessário que 257 Deputados votassem a favor da cassação para que a mesma fosse cassada, mas apenas 166 Deputados votaram pela cassação da mesma, e 265 Deputados votaram para que a mesma não fosse cassada.
É já são seis anos que o voto secreto para cassação de Deputados aguarda para ser votado, e o mesmo ainda continua sem ser votado, será por quê? O que impede de isto acontecer? Será quem esta sendo beneficiado? O que os cidadãos brasileiros ganham com esta falta de transparência?
Isto é, um desrespeito para a nação brasileira, eu gostaria de saber se esta votação não fosse secreta se a mesma teria recebido tanto apoio como recebeu.
Animais peçonhentos, é que faz uso de lugares secretos e cantos sombrios, nós precisamos no poder é de homens e de mulheres que zelam pela transparência, e que fazem as coisas às claras, e que dão satisfação de tudo que realizam para os seus eleitores. Penso que precisamos de mais transparência e menos escuridão de corrupção. 

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

RELIGIÃO, FELICIDADE E QUALIDADE DE VIDA ESTÃO INTERLIGADAS.


Na alegria e na tristeza
Em uma sociedade marcada pela insegurança e pelo estresse, as pessoas religiosas são mais felizes do que os ateus.
Em sociedades mais prósperas, contudo, o número de pessoas que se declara religiosa diminui e tanto os religiosos quanto os ateus apresentam índices semelhantes de felicidade.
Segundo Ed Diener, da Universidade de Illinois (EUA), esta é a primeira pesquisa a analisar a relação entre religião e felicidade em escala global.
Os cientistas usaram uma pesquisa realizada em mais de 150 países, que incluiu questões sobre religião, qualidade de vida, satisfação com a vida, respeito, assistência social e emoções positivas e negativas.
Religião e dificuldades
Vários estudos têm concluído que as pessoas religiosas tendem a ser mais felizes do que as pessoas não religiosas.
Mas Diener acredita que a religião e a felicidade estão ligadas às características das sociedades nas quais as pessoas vivem.
"As circunstâncias predizem a religiosidade," defende ele. "Circunstâncias difíceis induzem mais fortemente as pessoas a se tornarem religiosas. E, em sociedades religiosas e em circunstâncias difíceis, as pessoas religiosas são mais felizes do que as pessoas não religiosas."
Por outro, em sociedades não religiosas ou em sociedades onde as necessidades básicas das pessoas são atendidas, não foi identificada diferença entre o nível de felicidade entre os dois grupos.
Religião e emoções
A ligação a uma religião institucionalizada parece aumentar a felicidade e o bem-estar em sociedades que não conseguem suprir adequadamente as necessidades por alimentos, emprego, cuidados com a saúde, segurança e educação.
As pessoas religiosas vivendo em sociedades religiosas são mais propensas a se sentirem respeitadas, receberem mais apoio social e experimentar mais emoções positivas e menos emoções negativas do que as pessoas não religiosas dessas mesmas sociedades.
Nas sociedades seculares, que são em geral as mais ricas e que têm melhor assistência social, a religiosidade não parece ter impacto sobre os níveis de felicidade. Na verdade, as pessoas religiosas dessas sociedades relatam ter mais emoções negativas.
Em temos globais, 68% das pessoas pesquisadas afirmaram ser religiosas.
17/08/2011

     Religião, felicidade e qualidade de vida estão interligadas.

    Redação do Diário da Saúde

    CHÁ VERDE COMBATE QUATRO TIPOS DE CÂNCER E UMA DOENÇA INFANTIL.


    Chazinho poderoso
    Um composto encontrado no chá verde mostrou-se promissor para o desenvolvimento de medicamentos para tratar quatro tipos de tumores e uma doença congênita fatal.
    O glutamato desidrogenase (GDH) é encontrado em todos os organismos vivos e é responsável pela digestão dos aminoácidos.
    Nos animais, o GDH é controlado por uma complexa rede de metabólitos. Há décadas os cientistas se perguntam por que os animais precisam dessa regulação, mas outros reinos não.
    Isto agora foi parcialmente respondido pelo grupo do Dr. Thomas Smith e seus colegas do Hospital Infantil da Filadélfia, nos Estados Unidos.
    Doença congênita
    A equipe descobriu que uma doença congênita fatal - hiperinsulinismo/hiperamonemia (HHS), é causada pela perda parcial dessa regulação.
    Neste transtorno, os pacientes (geralmente crianças) respondem ao consumo de proteínas secretando mais insulina, tornando-se severamente hipoglicêmicos, o que muitas vezes os leva à morte.
    O Dr. Smith e seus colegas descobriram que dois compostos encontrados naturalmente no chá verde são capazes de compensar esta desordem genética desligando o GDH.
    O mecanismo funcionou tanto quando o GDH foi isolado e aplicado no paciente, quanto quando os compostos do chá verde foram administrados por via oral.
    Super-poderes
    Curiosamente, dois outros grupos de pesquisa validaram e estenderam essa descoberta, demonstrando que bloquear o GDH com o chá verde é muito eficaz para matar dois tipos diferentes de tumores.
    Nesses outros estudos, o uso do chá verde inibiu o glioblastoma, um tipo agressivo de tumor cerebral, e a desordem complexa da esclerose tuberosa, uma doença genética que causa tumores não-malignos em vários órgãos.
    Os cientistas usaram uma técnica chamada cristalografia de raios X para determinar a estrutura atômica desses compostos do chá verde ligados à enzima.
    Com esta informação atômica, eles esperam conseguir modificar esses compostos naturais para projetar e desenvolver medicamentos melhores.
    Veja outras pesquisas diretamente relacionadas ao chá verde:

     

    Chá verde combate quatro tipos de câncer e uma doença infantil

    Melanie Bernds

    ÍNDIOS FARÃO EXAMES DE HIV, HEPATITE E SÍFILIS.


    Rastreamento
    O governo lança neste mês um programa destinado a realizar testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C em todas as aldeias indígenas do Brasil.
    A ação pretende examinar, até o fim de 2012, todos os índios brasileiros com mais de dez anos - idade média para o início da vida sexual no grupo - e encaminhar para o tratamento os que obtiverem resultados positivos.
    Segundo o secretário especial de Saúde Indígena do Ministério da Saúde, Antônio Alves de Souza, resultados de um projeto-piloto do programa, aplicado em 46 mil indígenas do Amazonas e de Roraima, indicaram níveis "preocupantes" de HIV e sífilis.
    A prevalência de sífilis na população indígena avaliada foi de 1,43%, inferior à média do resto do país (2,1%), ao passo que a de HIV foi de 0,1%, ante 0,6% da média nacional.
    Contágio externo
    Para Souza, ainda que inferiores aos índices nacionais, ambos os dados exigem atenção por demonstrar que há transmissão dos vírus mesmo em populações isoladas, o que indica que seus integrantes mantêm contato com pessoas contagiadas fora das aldeias.
    "Qualquer índio que obtenha resultado positivo numa aldeia é motivo de preocupação", disse o secretário à BBC Brasil.
    Em gestantes indígenas, a prevalência de sífilis foi de 1,03%, mais baixa que as taxas encontradas em gestantes nos centros urbanos (1,6%). O índice de HIV em indígenas gestantes foi de 0,08%.
    Segundo o IBGE (Instituto de Geografia Estatística), há cerca de 650 mil indígenas em aldeias no Brasil.
    Kits de exames rápidos
    De acordo com Souza, os kits para o teste garantem, com poucas gotas de sangue, a obtenção dos resultados em até 30 minutos e podem ser transportados mesmo em condições de calor e umidade, fator essencial para que sejam levados às aldeias mais remotas.
    Antes, os indígenas precisavam ser removidos para as áreas urbanas para a coleta de sangue e posterior análise dos resultados, o que podia levar até 15 dias.
    Os testes começam a ser aplicados em aldeias de Minas Gerais, do Espírito Santo e do Mato Grosso nos dias 27 e 28 de agosto; nos meses seguintes, devem chegar aos demais Estados.
    Souza explica que os aplicadores estão sendo treinados por cerca de 70 técnicos que participaram de um seminário em Brasília no mês passado.
    Encaminhamento às cidades
    Em caso de resultados positivos para sífilis, a equipe dará início imediato ao tratamento; já nos casos de HIV e hepatite, os indígenas serão convidados a realizar testes de confirmação no município mais próximo. Comprovada a doença, serão tratados em unidades do SUS (Sistema Único de Saúde).
    Para Souza, ao promover o encaminhamento à cidade somente dos indígenas diagnosticados, o programa garantirá a economia de recursos. Ele afirma ainda que uma das premissas do programa é garantir que os resultados dos exames fiquem sob sigilo, para evitar a discriminação dos infectados.
    Segundo Souza, o programa também visa informar os indígenas sobre como as doenças se transmitem e os modos de prevenção. Para isso, explica que os agentes terão de levar em conta as características culturais locais.
    "Sabemos que há culturas indígenas que não aceitam o uso de preservativos", afirma. "Teremos que trabalhar para que, se não usarem na aldeia, ao menos usem quando se deslocarem à área urbana, em caso de contato com pessoas de fora."
    Ele diz que, em certos grupos, as mulheres costumam ser mais resistentes ao uso da camisinha, questão que também deve ser abordada nas campanhas educativas.
    Tratamento de HIV
    A médica e idealizadora do programa, Adele Benzaken, da Fundação Alfredo da Matta, diz que, no projeto-piloto, quase 100% do público-alvo concordou em fazer o teste.
    Ela afirma ainda que a acolhida aos tratamentos indicados para sífilis tem sido igualmente positiva. "A população indígena gosta de ser testada e acredita muito no tratamento injetável", disse ela à BBC Brasil.
    O problema maior, segundo Benzaken, é convencê-los a se tratar em caso de HIV, pois diz que os indígenas costumam resistir à ideia de que devem passar o resto da vida ingerindo medicamentos para combater uma doença que, em muitos casos, demora a provocar sintomas.
    Outra complicação é removê-lo para o município mais próximo. "Já vi indígena se negar porque quer fazer o tratamento com o pajé, e aí você não pode fazer nada", afirma.
    A transferência para a cidade, segundo a médica, torna-se ainda mais improvável quando esses indígenas já tiveram decepções com o sistema de saúde.
    17/08/2011
    Índios farão exames de HIV, hepatite e sífilis
    João Fellet – BBC

    quarta-feira, 10 de agosto de 2011

    BEBÊS CONSOMEM ATÉ DUAS VEZES MAIS SAL QUE RECOMENDADO.


    Bebês salgados
    Setenta por cento dos bebês com oito meses de idade ingerem uma quantidade de sal (cloreto de sódio) acima do nível máximo recomendado.
    Segundo os pesquisadores, isto ocorre pelo uso de alimentos salgados e processados - como extratos, molho de carne, feijão e macarrão - na alimentação dos bebês.
    Muitos deles também recebem como bebida principal o leite de vaca, que tem níveis mais elevados de sal do que o leite materno ou fórmulas industriais, apesar das recomendações de que o leite de vaca só seja dado a bebês acima de um ano de idade.
    Sal no alimento dos bebês
    Os pesquisadores da Universidade de Bristol, no Reino Unido, descobriram que a maioria dos bebês começa a receber alimentos sólidos em torno de 3 a 4 meses.
    Aos oito meses, a média de ingestão de sal já é mais do que o dobro da recomendação máxima para essa faixa etária - 400 miligramas (mg) de sódio por dia até 12 meses.
    O leite de vaca, por exemplo, contém 55 mg de sódio em cada 100 gramas, contra 15 mg de sódio para o leite materno e de 15 a 30 mg para as fórmulas infantis.
    Dieta da família
    Altos níveis de sal podem causar danos nos rins em desenvolvimento.
    Além disso, o hábito pode desenvolver nas crianças um gosto por alimentos salgados, criando práticas alimentares ruins que continuam na idade adulta, resultando em problemas de saúde mais tarde na vida.
    "Estes resultados mostram que o consumo de sal deve ser substancialmente reduzido em crianças desta faixa etária. Bebês necessitam de alimentos, especificamente preparados para eles, sem adição de sal, por isso é importante adaptar a dieta da família, diz o Dr. Pauline Emmett, coordenador da pesquisa.
    01/08/2011

    Bebês consomem até duas vezes mais sal que recomendado

    Redação do Diário da Saúde

    CONCEPÇÃO DE DEUS ALTERA NÍVEIS DE PREOCUPAÇÃO E ESTRESSE.


    "O sumo bem"
    Pesquisadores descobriram que as pessoas que acreditam em um Deus benevolente tendem a se preocupar menos e serem mais tolerantes do que as pessoas que acreditam que Deus é um ser punitivo ou indiferente.
    David H. Rosmarin e seus colegas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, destacam a urgência de que os profissionais de saúde mental integrem as crenças espirituais de seus pacientes na formulação dos tratamentos.
    E, segundo eles, isso ainda é mais verdadeiro no caso de pacientes assumidamente religiosos.
    Religião e psiquiatria
    "As implicações desta pesquisa para o campo da psiquiatria é que nós temos que levar mais a sério a espiritualidade dos pacientes do que nós fazemos hoje," afirma Rosmarin.
    "A maioria dos psiquiatras está despreparada para conceitualizar como as crenças espirituais podem contribuir para o estado afetivo e, assim, muitos teimam em não integrar esse tema no tratamento de uma forma que seja espiritualmente sensível," completa.
    A pesquisa incluiu inicialmente entrevistas com cristãos e judeus.
    As conclusões mostram que as pessoas que confiam que Deus olha por elas têm menores níveis de preocupação e menos intolerância com a incerteza em suas vidas do que aquelas pessoas que não acreditam que Deus virá ajudá-las.
    Deus para os judeus
    Um segundo estudo trabalhou diretamente com os adeptos do judaísmo, devido às tendências verificadas na primeira pesquisa.
    Os voluntários participaram de um programa de duas semanas, no qual assistiam filmes e palestras voltados para aumentar a confiança em Deus e diminuir a desconfiança na ajuda de Deus.
    Os resultados foram os esperados em relação à concepção de Deus - aumentando a confiança das pessoas no "ser supremo" - mas também resultaram em diminuições clínica e estatisticamente significativas na intolerância, na incerteza, nas preocupações e no estresse.
    "Estas descobertas ... sugerem que certas crenças espirituais estão intimamente ligadas à intolerância à incerteza e às preocupações para alguns indivíduos," concluem os pesquisadores.
    Loucura
    Eles destacam o fato de que, embora mais de 90% da população afirme acreditar em Deus ou em uma "força superior", e cerca de 50% afirmar que a religião é muito importante em suas vidas, os médicos ainda não levam a espiritualidade em conta no atendimento aos pacientes.
    "Isso é loucura," diz ele. "Nós nem mesmo perguntamos. Nós não somos treinados para fazer isso. E isso é importante," afirma, acentuando que não se trata de uma questão religiosa, mas de uma questão de saúde pública.
    09/08/2011

    Concepção de Deus altera níveis de preocupação e estresse

    Redação do Diário da Saúde

    A SAÚDE BRASILEIRA E OS BRASILEIROS DE 2021.


    Cenários
    Um dos grandes desafios a ser enfrentado pelo setor de saúde no Brasil em 2021 será o crescimento no número de idosos com o consequente aumento que se pode esperar nos quadros gerais de diversas doenças.
    Para lidar com esse cenário, a economia brasileira deverá estar preparada.
    A constatação foi feita por especialistas de diversas áreas durante o Fórum Internacional Saúde em 2021, realizado nos dias 2 e 3 de agosto, em São Paulo, pela Associação Paulista pelo Desenvolvimento da Medicina (SPDM).
    Dividido em seis módulos, "Brasil no mundo em 2021", "O sistema de saúde brasileiro em 2021", "Profissionais da saúde em 2021", "Informação, comunicação e saúde", "Ética na saúde" e "Mercado e complexo industrial da saúde em 2021", o evento teve por objetivo identificar prováveis cenários do setor, assim como debater possíveis estratégias para a próxima década.
    Os idosos que seremos
    "O envelhecimento é inevitável e essa geração de idosos já nasceu", disse Rubens Ricupero, diretor da Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), em palestra no fórum.
    Ricupero citou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para destacar o envelhecimento populacional no país.
    Em 2001, 14,5 milhões de brasileiros (ou 9,1% do total) tinham acima de 60 anos. Em 2009, já eram 21,6 milhões (11,3%). Em 2025, a estimativa é que os idosos serão mais de 30 milhões (ou 15% do total). "Isso promoverá um grande impacto na economia do país", disse.
    Problemas novos
    De acordo com Maurício Lima Barreto, professor titular do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (UFBA), problemas como diabetes eobesidade se tornarão ainda mais crônicos nas próximas décadas e, junto a novas doenças, poderão levar a um "estresse" no sistema de saúde brasileiro. "Temos de resolver os velhos problemas para podermos lidar com os novos no futuro", ressaltou.
    Para isso, o Brasil terá de investir ainda mais em ciência, tecnologia e inovação no setor. Isso tem ocorrido no Estado de São Paulo, por exemplo, em que a área de saúde é a maior destinatária dos recursos destinados pela FAPESP ao apoio à pesquisa.
    "Em 2010, a FAPESP investiu R$ 215,3 milhões em pesquisas na área de saúde, o que representa 27,61% do total investido pela Fundação", destacou Celso Lafer, presidente da FAPESP, no Fórum Internacional Saúde em 2021.
    O desembolso da FAPESP com a Linha Regular - que compreende todas as modalidades de Bolsas e de Auxílios Regulares, excluindo as bolsas e os auxílios concedidos no âmbito dos Programas Especiais e dos Programas de Pesquisa para Inovação Tecnológica - totalizou R$ 595,91 milhões em 2010, correspondendo a 76,4% de todo o valor gasto pela Fundação. A área do conhecimento que recebeu maior volume de recursos dentro da Linha Regular foi saúde, com R$ 186,81 milhões (31,35%).
    Investimentos no setor de saúde
    Glaucius Oliva, presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq) e coordenador do Centro de Biotecnologia Molecular Estrutural, um dos Centros de Pesquisa Inovação e Difusão (CEPIDs) da FAPESP, reforçou essa necessidade de investimentos no setor de saúde.
    Segundo ele, o país também precisa superar a pequena presença de doutores no setor industrial. "Em 2008, 80% dos doutores atuavam em educação. Isso, dois anos após o doutoramento. O restante estava na administração pública e menos de 1% atuava com pesquisas em empresas", ressaltou.
    Para que a pesquisa avance para além do universo acadêmico, Oliva destacou a necessidade de internacionalizar ainda mais a ciência brasileira, assim como avanços na multi, inter e transdisciplinaridade. "O maior desafio é traduzir o conhecimento científico para a sociedade. E, para isso, precisamos de mais doutores nas empresas", disse.
    04/08/2011

    A saúde brasileira e os brasileiros de 2021

    Mônica Pileggi - Agência Fapesp